A Executiva Estadual do PSB de São Paulo lamenta a morte de Jamil Haddad, presidente de honra do PSB e ex-ministro da Saúde, e envia condolências a sua família.
Haddad morreu na madrugada desta sexta-feira, aos 83 anos, vítima de infarto. O ex-ministro da Saúde foi deputado federal por duas legislaturas. Presidente de honra do PSB, Haddad foi criador de programas de elevado alcance social, como a implantação dos medicamentos genéricos e a ampliação do Sistema Único de Saúde (SUS), no governo Itamar Franco (1992-1995).
O médico teve um luta violenta contra os laboratórios multinacionais para garantir medicamentos com preços mais acessíveis à população brasileira. Ele iniciou sua vida pública como deputado estadual. O primeiro mandato foi no então estado da Guanabara. Em 1966, reelegeu-se deputado estadual no Rio de Janeiro, mas – no ano seguinte – teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos. Com a reorganização partidária de 1979, participou da fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Em março de 1983, foi escolhido, pelo governador Leonel Brizola, para assumir a Prefeitura do Rio de Janeiro.
Dois anos depois, em 1985, participou da reorganização do PSB, tendo sido eleito presidente no primeiro encontro nacional da agremiação. O deputado Márcio França (PSB-SP) lembra que o partido foi reorganizado dentro do gabinete do Jamil Haddad, na Câmara do Deputados. “Durante muitos anos, o Haddad foi o sustentáculo do partido. O PSB funcionava dentro do gabinete dele, o partido era ele”, recorda. "Jamil Haddad foi a luz que guiou ideologicamente o PSB. Foi o grande responsável pela situação que o partido vive hoje. Seu falecimento é uma grande perda para todos nós. Mas sua trajetória de vida sempre será uma grande inspiração", lamenta França.
De São Paulo, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) lamentou a morte do ex-ministro. “É uma enorme perda para política brasileira a partida desse grande socialista. Fica o seu exemplo, sua forma de fazer política com ética, com compromisso e de forma plural”, declarou.
O presidente do PSB Nacional e governador de Pernambuco, Eduardo Campos disse que, ao lado de Miguel Arraes, Jamil trabalhou pela reconstrução do socialismo no País. “O PSB e o Brasil perdem um grande combatente na luta contra desigualdades sociais e a favor dos trabalhadores brasileiros”, disse.
Jamil Haddad foi ainda presidente do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e senador, em 1986, como suplente do Participou da Constituinte, ocasião em que lutou pela inclusão da reforma agrária, pelo direito de iniciativa popular no processo legislativo e por vários direitos trabalhistas. Foi um dos recordistas na apresentação de emendas aos trabalhos dos parlamentares constituintes, tendo sempre como meta a defesa dos interesses das classes trabalhadoras e da soberania do País. Fonte: PSB Nacional e Assessoria de Imprensa do Deputado Federal Márcio França
