Em 1985, um festival pelo fim da fome na Etiópia, denominado Live Aid, transformou 13 de julho no Dia Mundial do Rock. Realizado simultaneamente na Filadélfia (Estados Unidos) e em Londres (Inglaterra) reuniu nomes como Black Sabbath (com Ozzy), Status Quo, INXS, Loudness, Mick Jagger, David Bowie, Dire Straits, Queen, Judas Priest, Bob Dylan, Duran Duran, Santana, The Who e Phil Collins entre outros. O festival foi aberto por Phil Collins que fez o show nos Estados Unidos e voou para Londres encerrando o evento na capital inglesa.
Os problemas sociais foram temas para vários festivais na década de 80 como
o U.S.A. For África, Live Aid, Farm Aid, Hear 'n' Aid, Artists Against Apartheid e o Amnesty International, reunindo grandes nomes do mundo pop e rock. Mas o Live Aid talvez tenha sido o mais famoso por ter arrecadado mais de 60 milhões de dólares doados à África para combater a fome na Etiópia. Além dos recursos arrecadados, o Live Aid, organizado pelo músico Bob Geldof, produziu a música "Do They Know It's Christmas Time at All", com astros do pop inglês dos anos 80, como Sting, Boy George e Simon LeBon (do Duran Duran).
Em 2005, o festival recebeu o nome “Live 8” e aconteceu nos países integrantes do G-8 e na África do Sul. Dessa vez, o movimento foi para pedir aos países credores que perdoassem a dívida das nações africanas afetadas pela fome. Do Live 8, participaram artistas como Paul McCartney, Pink Floyd, Coldplay, Elton John e Bom Jovi.
Dia do Rock entra no calendário oficial de São Sebastião
Por iniciativa do vereador José Reis de Jesus Silva (PSB), o Dia do Rock entrou, oficialmente, para o Calendário de Eventos de São Sebastião por meio do Projeto de Lei 33/09, de sua autoria, aprovado na sessão de 25 de agosto de 2009. Porém, desde 2004, o evento começou a ser realizado por três jovens de São Sebastião para lembrar a importância do Live Aid.
Em sua sétima edição, o Dia do Rock foi realizado este ano no último domingo, 11 de julho, em Barra do Una, com a presença da banda Salário Mínimo, ícone do rock nacional dos anos 70 e 80 que também está divulgando seu mais recente álbum: Simplesmente Rock. O show também teve presença de várias bandas locais. E a proposta não foi diferente: o ingresso foi um quilo de alimento não-perecível para doação ao Fundo Social de Solidariedade do Município e famílias cadastradas no Programa Saúde da Família (PSF).
Como tudo começou
Em 2004, os jovens, Silvio dos Santos Braz (corretor de imóveis), Daniel da Silva Braz (eletricista de embarcações e músico) e Wiliam Mateus Biencourt (pintor e músico) se reuniram com o diretor do clube (Barra do Una Futebol Clube) Wagner da Silva Braz e fizeram a primeira festa do rock no mesmo espaço onde acontecia a quermesse no clube durante o mês de julho. Moradores e turistas aprovaram a ideia e o evento foi ganhando projeção com grandes nomes do rock nacional como Inocentes, Golpe de Estado e Marcelo Nova.
Desde a primeira edição sempre houve a preocupação em manter as pessoas informadas sobre a história do Rock. A partir da terceira edição a entrada, que era gratuita, passou a ser 1 kg de alimento não-perecível ou um livro que eram doados às famílias carentes do bairro e bibliotecas públicas. Hoje o evento é um sonho realizado e, desde o ano passado, faz parte do calendário oficial da Prefeitura divulgando também grupos locais e talentos que mostram a força inabalável do rock.