sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Reis solicita transporte noturno em Prontos-Socorros

Proposta é atender munícipes que não têm
como retornar para casa durante a madrugada

Quem precisa de atendimento médico à noite passa por sérias dificuldades de locomoção principalmente se precisar de assistência durante a madrugada. Não há ônibus em todo o município após à meia-noite até o amanhecer. A maioria da população carente não tem condições de pagar a corrida de um táxi. Em casos de emergência, quando são atendidos e encaminhados aos Prontos-Socorros de Boiçucanga e do Centro pela ambulância, acabam ficando nos pontos de ônibus e nas ruas até a retomada dos serviços de transporte coletivo. Muitos desistem de procurar atendimento médico pela distância e dificuldade de acesso. Esse problema, que afeta a população mais carente em toda a extensão do município, foi abordado pelo vereador José Reis de Jesus Silva (PSB) na sessão de terça-feira, 10 de agosto, ao apresentar um requerimento que solicita transporte noturno para os pacientes.
Reis pede ao Executivo que estude a possibilidade de manter um carro e motorista nos Prontos-Socorros de Boiçucanga e do Centro durante esse período em que não há ônibus. Caso isso não seja possível, que estude uma forma de atender esses munícipes que chegam a passar “frio, fome e ficam sujeitos à problemas de falta de segurança enquanto esperam pelo transporte”, como aponta em seu requerimento. “É uma questão de humanidade com essas pessoas que necessitam do Pronto-Socorro. Às vezes, elas esperam amanhecer para ir ao PS e isso pode agravar o quadro de saúde dependendo da doença. Muitas pessoas quando chamam a ambulância vão preocupadas sabendo que depois não têm como retornar. Presenciei o fato de uma senhora, em Boiçucanga, às 3 da manhã, que não tinha como voltar para Boracéia. As pessoas têm direitos, precisam ser tratadas com respeito e nada mais justo que tenham condução para voltar”, afirmou Reis ao justificar seu pedido. Ele comentou que essa seria uma forma de a Administração mostrar que está voltada para trabalhar aos que mais necessitam.

Alternativas
Reis recebeu o apoio de colegas como da vereadora Solange Ramos que, na ocasião, presidiu a sessão em substituição a Luiz Santana Barroso (Coringa) que está de licença médica por 15 dias. Ela parabenizou Reis pelo requerimento e comentou que chega a ser acordada às “3 da manhã porque não há condução e eles não têm como pagar o táxi. Não sei se é constitucional, mas seria muito importante que tivesse um carro, nem que fosse às 3 da manhã, para que as pessoas não esperassem até de manhã”. Colega de bancada, Amilton Pacheco também elogiou o trabalho, embora acredite que seja difícil atender ao pedido, “mas não impossível”. Na inviabilidade de se manter os veículos, ele sugeriu que seja colocada uma linha de ônibus para atender no período noturno em horário determinado. O vereador Artur Balut pediu que fosse incluída, no requerimento, a possibilidade de estender o atendimento a todo o município, uma vez que o documento relatava problemas da Costa Sul, o que foi acatado por Reis.


Segurança escolar é tema de requerimento de Reis

Vereador pede informações sobre aplicabilidade de lei
que estabelece Perímetro Escolar de Segurança

Garantir mais segurança aos estudantes, comunidade escolar e tranquilidade aos pais durante os períodos de aulas nas unidades educacionais do município. Esse é o objetivo do requerimento do vereador José Reis de Jesus Silva (PSB) aprovado na sessão de terça-feira (10 de agosto) que solicita informações ao Executivo sobre a aplicabilidade e fiscalização da Lei 1568/2002, que estabelece o Perímetro Escolar de Segurança. Em seu requerimento, Reis solicita informações sobre como essa lei está sendo colocada em prática e quais ações de prevenção e repressão são adotadas na área determinada por esse perímetro, que é de aproximadamente 100 metros dos portões de acesso aos estabelecimentos de ensino.
A lei proíbe, entre outras coisas, a aglomerações de pessoas dentro da área de segurança durante funcionamento das escolas, atuação de vendedores ambulantes, comércios de medicamentos e produtos farmacêuticos nas proximidades e a instalação de estabelecimentos que vendem fogos de artifícios, bebidas com teor alcoólico e comércios que envolvam uso de gasolina ou qualquer substância inflamável ou explosiva na área abrangida pela lei. Ainda, de acordo com a lei sancionada em 2002, são estabelecidos limites de velocidade e determinadas restrições em vias públicas mediante fixação de locais, horários e períodos destinados ao estacionamento, embarque e desembarque de passageiros.
Como a preocupação é garantir a segurança das crianças e jovens para evitar contato com pessoas de má índole e comércios com produtos inadequados e perigosos, o vereador quer saber se existe fiscalização nos locais e, caso afirmativo, o que vem sendo detectado. Segundo Reis, a violência que atinge todo o País preocupa os moradores, principalmente os pais que deixam seus filhos nas escolas. “Esse requerimento reforça a necessidade de oferecer segurança nas escolas para nossas crianças. Em todo o País vemos questões como violência, criminalidade, drogas e até mesmo jovens portando armas próximos das escolas”, afirmou Reis. Por isso a necessidade de saber se a lei está sendo aplicada e se a Secretaria de Educação tem trabalhado também na prevenção que, de acordo com a legislação, envolve outros setores da administração em parceria com a comunidade.
O vereador reafirma a necessidade de serem adotadas políticas e leis específicas de atendimento e proteção às crianças e jovens dentro e fora das escolas. Ele lembrou que tramita na Câmara Municipal proposta de Projeto de Lei, de sua autoria, que institui o Programa de Combate à Prática do Bullying em toda a rede municipal de ensino, outro grave problema que pode deixar marcas na vida de pessoas vítimas dessa forma de violência física ou psicológica.