Parlamentar pede informações à Diretoria do DER
sobre cronograma, realização dos serviços
e se haverá interrupções no trânsito
Queda de árvore e barreira, próximo a Boiçucanga
Foto: Ricardo Faustino/PMSS
Vários deslizamentos em cerca de sete quilômetros de serra
Imagem: Rosangela Falato
As máquinas estão na estrada, mas a falta de informações detalhadas sobre as obras de contenção das encostas, restauração do sistema de drenagem e recuperação da pista no trecho entre os quilômetros 156,5 e 162, da Rodovia Manoel Hypólito do Rego, na serra entre Maresias e Boiçucanga, Costa Sul de São Sebastição, preocupam o vereador José Reis de Jesus Silva (PSB). Por esse motivo, ele apresentou requerimento endereçado ao diretor regional do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), responsável pela Unidade 5 (Cubatão), Orlando Morgado Júnior, solicitando dados mais concretos sobre as obras na serra e também do projeto do Governo do Estado de São Paulo que visa a recuperação da rodovia, de Bertioga a Ubatuba.
A preocupação do vereador é quanto à segurança dos usuários no trecho da serra entre Maresias e Boiçucanga, onde foram registradas mais de oito quedas de barreiras, entre os quilômetros 156,5 e 162, depois das fortes chuvas que atingiram a região em 17 de março, interrompendo o tráfego por 27 horas e isolando a região. No dia 26 de março, o DER anunciou o início das obras no trecho da serra, orçadas em R$ 6,4 milhões, que serão executadas pela empresa Maqterra Transportes e Terraplenagem Ltda, com prazo de seis meses para conclusão, segundo informações da Secretaria de Logística e Transportes do Estado de São Paulo.
De acordo com o vereador, o objetivo do requerimento ao DER é poder obter esclarecimentos sobre detalhes das obras para informar a comunidade. “Nos preocupa a forma como será feita a obra. As máquinas estão paradas há algum tempo correndo até risco de acidente com carros. Graças a Deus, o DER lançou o início da obra, junto com o Governo do Estado, e o recurso de R$ 6,4 milhões para fazer a contenção e, de certa forma, readequar toda a estrutura da serra entre Maresias e Boiçucanga. Mas, como a obra será feita, como evitar que não aconteça o que vimos em outras cidades, ou seja, a terra descer e soterrar alguém?”, questionou o vereador.
Em seu requerimento, Reis também pediu informações do DER sobre possíveis interrupções no trânsito para realização dos serviços e como será viabilizada a obra, sem prejuízo ao único acesso à Costa Sul e, consequentemente, aos municípios de Bertioga e Baixada Santista pela Rio-Santos. Ele lembrou que esse trecho de serra foi alvo de vários acidentes, inclusive com vítimas fatais, em janeiro deste ano. Por isso, quer saber se na obra que será executada, também está prevista sinalização adequada para garantir mais segurança aos usuários no trecho de serra. ”Já presenciamos acidentes com vítimas fatais, caminhões que, às vezes, descem desgovernados porque não há sinalização adequada. Acredito que o montante do recurso que o governador está liberando vai fazer com que a gente tenha, realmente, um trecho mais seguro para os usuários”, disse Reis.
Recuperação
O requerimento, aprovado na sessão de terça-feira, 16 de abril, também voltou a questionar o DER sobre as obras previstas para o trecho de São Sebastião do projeto de recuperação da Rio-Santos, de Bertioga a Ubatuba. Somente entre Bertioga e São Sebastião, está prevista reforma de 98,7 km de pistas com investimento de R$ 95 milhões para obras de faixas de rolagem em alguns pontos, recapeamento e modernização da sinalização das faixas existentes. O vereador pediu ao diretor do DER dados mais específicos sobre o projeto de recuperação no trecho de São Sebastião com o cronograma e serviços que serão executados, bem como prazos de conclusão. Ele também quer saber se o mesmo projeto contempla troca de sinalização eletrônica na pista, principalmente na Costa Sul.
O trabalho de Reis recebeu apoio de seu colega de bancada, vereador Edivaldo Pereira Campos (Teimoso). “O requerimento tem uma qualidade enorme e veio em boa hora. A gente entende que, quando se fala em DER, Bandeirante e Sabesp, as coisas se tornam mais difíceis. Mas foi liberada essa verba e a gente fica mais tranqüilo em saber que os recursos estão chegando, Mas fico preocupado se serão gastos de maneira adequada. Faço apelo a todos os vereadores para acompanhar de perto os gastos, principalmente com a drenagem, que é coisa séria nesse município”, argumentou Teimoso.
Dias após os acidentes, a situação ainda é crítica em períodos de chuvas
Imagem de março, quando equipes da Defesa Civil liberavam a pista para o trânsito Foto: Rosangela Falato
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