sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Vereador Reis pede ao Estado detalhes de obras previstas na Rio-Santos, no trecho de São Sebastião

Acidentes constantes, inclusive com vitimas fatais, e falta de segurança
 em vários trechos da rodovia preocupam o parlamentar que reivindica
 solução e atenção especial do DER


 
Acidente na região de Cambury, em 25 de janeiro
Foto: Silvia Amparo 
 
Considerada a segunda rodovia mais violenta do Estado de São Paulo em pesquisa realizada em 2010, pela Secretaria de Transportes, em relação a acidentes com vítimas fatais, a SP 055 (Rio-Santos), que corta os municípios de Bertioga, São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba, tem sido motivo de requerimentos, ofícios e reivindicações constantes do vereador de São Sebastião, José Reis de Jesus Silva (PSB). Com fissuras, trechos com deslizamentos de terra, falta de sinalização e iluminação e desníveis na pista, além do excessivo número de buracos, a Rio-Santos não oferece segurança aos usuários e moradores de bairros divididos pela rodovia. Por esse motivo, o vereador voltou a solicitar empenho do Governo do Estado para adotar providências urgentes.
Em requerimento aprovado, por unanimidade, na sessão de terça-feira, 14, Reis solicitou ao secretário estadual de Logística e Transporte, Saulo de Castro Abreu Filho, detalhes do projeto para obras de recuperação e melhorias na Rodovia Dr. Manoel Hyppolito do Rego (SP 055), em toda a sua extensão e, especialmente no trecho de São Sebastião. O vereador pediu atenção especial do secretário e também do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), além de prazos para início das obras orçadas em R$ 180 milhões, conforme anúncio feito pelo governador Geraldo Alckmin, em dezembro do ano passado, em reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte realizada em São Sebastião.
O aumento no movimento de veículos, essencialmente caminhões, e os recentes acidentes ocorridos em janeiro deste ano, inclusive com mortes - cerca de 7 em menos de um mês, no trecho da serra entre Boiçucanga e Maresias - reforçam a necessidade de soluções urgentes para o município. “Infelizmente, só temos uma rodovia de acesso ao centro da cidade e aos demais municípios. Em época de temporada, com movimento intenso, ou quando acontece algum acidente, ambulâncias ou serviços importantes ficam travados na estrada por horas. Um levantamento feito em 2010 nos deu a triste notícia de que a Rio-Santos está entre as rodovias mais perigosas do Estado. O governador anunciou investimentos de R$ 180 milhões entre Bertioga e Ubatuba. Precisamos de informações mais detalhadas das obras previstas para São Sebastião, principalmente nos trechos Costa Sul, de Boracéia a Maresias, e também na Costa Norte onde há vários problemas”.
Em março de 2011, pesquisa da Secretaria de Transportes apontou as 10 estradas mais violentas do Estado de São Paulo. A Rio - Santos (SP - 055) ficou em segundo lugar no ranking de acidentes com mortes registrando 105 ocorrências em 2010, perdendo apenas para a Rodovia Anhanguera com 121 acidentes com vítimas fatais. Em terceiro lugar ficou, na época, a raposo Tavares com 95.
 
 

 
 
Movimento de caminhões é constante em todo o trecho da rodovia
 
Projeto

De acordo com o governador Geraldo Alckmin, as obras acontecerão nos dois trechos, entre Caraguatatuba e Ubatuba e São Sebastião e Bertioga com previsão de instalação de faixas adicionais, acostamentos, sinalização e ampliação da rodovia, envolvendo 48,7 km e investimento de R$ 82 milhões entre Caraguá e Ubatuba e R$ 98,7 milhões na recuperação de cerca de 100 km entre São Sebastião e Bertioga, com previsão de início este ano. Além de solicitar informações sobre os prazos, o vereador questiona se há projetos visando a melhoria de sinalizações, iluminação e programas de contenção de barreiras em trechos que sofrem com constantes deslizamentos de terra em períodos de fortes chuvas. Reis também quer saber se o DER mantém acompanhamento e fiscalização do tráfego de caminhões pesados ou carregamento de produtos tóxicos, uma vez que os acidentes na Serra de Maresias envolvem, em grande parte, esses tipos de veículos. Outra questão abordada no requerimento é sobre possíveis soluções para o trecho de serra entre Boiçucanga e Maresias e também as melhorias nesses dois bairros onde há problemas de espaço para instalação de faixas adicionais e acostamentos.


 
 
Trechos da Rio - Santos em Juquehy e Vila Sahy (abaixo)  
 
Insatisfação

“O Jornal Imprensa Livre, que vem nos ajudando com essas matérias, ouviu o DER que anunciou a possibilidade de minimizar os problemas com instalação de lombadas eletrônicas no trecho da serra. Só que temos em Cambury e Juquehy e não funcionam. Há quase dois anos estou pedindo ao DER para que sejam reativadas. Graças a Deus ainda não tivemos vitimas fatais. Será preciso acontecer isso para tomarem providência?. Como, então, falar em lombada eletrônica na serra? A gente anda por rodovias até piores, mas elas têm acostamento, recuo ou outra forma de garantir mais segurança. Deixo aqui meu desabafo ao DER e Estado sobre como estão tratando São Sebastião em relação à rodovia. Peço apoio e empenho de todos para que possamos obter sucesso nessa reivindicação que é a segurança na Rio-Santos não só para nossos usuários como para todos que visitam nossa cidade. É uma causa justa e um direito do cidadão”, frisou Reis que recebeu adesão do colega de bancada, Edivaldo Pereira Campos (Teimoso), e dos vereadores Reinaldo Alves Moreira Filho, Ercílio de Souza, Jair Pires e Gleivison Gaspar. .
 



Atleta durante competição na Serra de Maresias e
 movimento sobre a ponte do Rio Maresias

Texto e Fotos: Rosangela Falato


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