segunda-feira, 15 de novembro de 2010

15 de Novembro: Proclamação da República do Brasil

Rio de Janeiro, 15 de Novembro de 1889: é instaurada a República Federativa do Brasil. A Proclamação da República é feita pelo marechal Deodoro da Fonseca. O movimento político-militar derruba a monarquia do Império do Brasil e acaba com a soberania do Imperador Dom Pedro II.
O fato histórico acontece na Praça da Aclamação, conhecida hoje como Praça da República, no Rio, que era, até então, a capital do Império do Brasil. Sem uso de violência, um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, deu um golpe de estado deponto o Imperador D. Pedro II, e o presidente do Conselho de Ministros do Império, o visconde de Ouro Preto.
No mesmo dia, é instituído um "Governo Provisório" republicano, organizado na noite de 15 de novembro. Ele era formado pelo marechal Deodoro da Fonseca, como presidente da República e chefe do Governo Provisório, pelo marechal Floriano Peixoto (vice-presidente) e os ministros Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, todos membros regulares da maçonaria brasileira.
O último abalo da monarquia foi o fim da escravidão em 1888 quando o Império perde o apoio dos escravocratas que aderem à República. Dom Pedro II e a Família Real embarcam para Portugal no dia 18 de novembro.

Fonte: Wikipédia

Hino da Proclamação da República

Letra: José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque (1867-1934)
Música: Leopoldo Miguez (1850-1902)

Publicada no Diário Oficial de 21 de Janeiro de 1890


Seja um pálio de luz desdobrado,
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus.
Seja um hino de glória que fale,
De esperança de um novo porvir,
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir.

Liberdade, Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz.

Nós nem cremos que escravos outrora,
Tenha havido em tão nobre país
Hoje o rubro lampejo da aurora,
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais, ao futuro
Saberemos unidos levar,
Nosso augusto estandarte, que puro,
Brilha ovante, da Pátria no altar.

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz
.

Se é mister que de peitos valentes,
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes,
Batizou este audaz pavilhão.
Mensageiro de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos,
Heis de ver-nos lutar e vencer.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz.

Do Ipiranga é preciso que o brado,
Seja um grito soberbo de fé,
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia pois, brasileiros, avante!
Verde louros colhamos louçãos,
Seja o nosso país triunfante,
Livre terra de livres irmãos!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz.

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